Há deste lado da parede... Um homem.
Imune a qualquer sermão.
Há em suas mãos, impune, sua espada
...Diz ele, de severa admiração.
Não há sangue, não há nada
Que lhe valha mais que a razão.
Não há sequer um Santo Cristo,
Uma causa, uma intenção.
Há consigo a libido,
O fódico, o tesão.
Há um tom escarnecido,
Certo ímpeto de contradição.
Há seu desejo, mais belo e frígido,
Há as curvas da sedução.
Há no seu rosto encardido
As marcas da discriminação.
Não leva roupas, não canta hinos,
Não tem abrigo, não tem coração.
E se um dia errar consigo,
Seus inimigos o aplaudirão.
Não esperem que lhe de mão,
Que sorria, ou seja sincero.
Há mais no seu rosto de ferro,
Do que na sua espada... de carne e circulação.
escrito em: Domingo, 30 de Setembro de 2007, 23h06
Que foda.
ResponderExcluirO que me espanta é encontrar tantos soldados por aí...
que foda. [2]
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