Na ferida do teu joelho
Encontro certa admiração.
Algo como um espelho
Que me mostra em decomposição.
E, quando tocas assim a carne,
É como se ousasse me desvelar.
Antes que se faça a epiderme
Ou que o pus possa lhe enojar.
Tua ferida de sangue rubro,
Sua dor de consternação,
E tudo que eu descubro
Quando escondo a dor do teu joelho
Com a palma da minha mão.
escrito em: Quinta-feira, 4 de outubro de 2007, 11h26
ei, este foi escrito três dias depois do meu aniversário - e é a prova viva de que olhos cuidadosos vêm beleza até nos lugares mais inusitados.
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