Caí!
Levantei-me batendo o pó.
Vestes sujas, desajeitadas.
Esburacadas, causava dó.
Olhei ao chão:
Traços do ajoelhado.
Toquei em mim,
Um tanto quanto ensangüentado.
Tentei andar;
Longo caminho só.
Porém, despreparado,
Tornozelos me faziam dó.
Acendi o pito,
Empoeirado.
Bradei ao fogo
Sem ter-me queimado.
Perguntei fronteiras,
Caí no vil.
Mais uma vez;
Inocente cio.
Sentei-me um pouco,
Bestificado.
Tamanha estrada;
Me fiz cansado.
Estive a ponto
De desistir,
Molhei o rosto
Encorajei-me a rir.
Tamanha dor,
Me incomodava
Estanquei o sangue.
Adormeci sem casa.
Caminho longo,
Mas, sigo em frente.
Um tanto bobo
Sem dividas pendentes.
Corri um pouco.
Depois, segui a levante.
Me apaixonei,
Uto-flora exuberante.
Amadureci,
Feito fruto forte.
Galhos robustos,
Machado algum causava corte.
Enobrecido
E bem cuidado,
Sentenciei-me
Um condenado.
Apodreci.
Fruto bastardo.
Em meio aos galhos,
Desajeitado.
Caí, de novo,
Despedaçado.
escrito em: Mauá, 1° de Setembro de 2006
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