Deste mundo
já tive vontade de ir embora,
tantos foram os lamúrios da alma,
outrora considerada triste e ferida.
Ferida por dentro e por fora
por não encontrar saída
para os caminhos que se trilha
julgados como fardo e pouca perspectiva.
... e depois!
Ah... mesmo depois de colocado tudo pra fora,
através da voz e dos versos de escrita,
ainda assim não conseguia me situar...
- ... tinha medo da Vida.
Travei lutas e mais lutas com o pensamento.
Por insistir na culpa e no ressentimento
e, dia após dia, morria por dentro
(eu sentia).
Olhar-me no espelho era um tormento!
Refletia as mil faces do arrependimento.
- e mesmo que este arrependimento matasse:
Morrer(!)(?)... de que me adiantaria?
Para compreender o que não compreendia,
cabia-me olhar com humildade
à realidade de tudo o que já fora um dia
como parte do meu desejo e da minha vontade.
Vi então que o que me exortava à agonia
era a constante dificuldade
de olhar para dentro de mim
e docilmente dizer "sim"
Sim!... e absorver o momento presente
como simples oportunidade
de se fazer diferente,
sem o apego da mente
ou das amarras que tolhem
a liberdade,
a infinita capacidade.
É sempre mais fácil dizer sim aos outros do que a nós mesmos.
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