terça-feira, 13 de outubro de 2015

- passagem pela Terra

Sei que esta é a última vez que passo pela Terra
pela confluência do destino, pelo estudo da matéria
Mais uma das muitas jornadas que se encerra
e entrego minha armadura de carne dessa vida etérea

E para onde vou não é aqui ou ali, nem dentro ou fora
não se faz perto ou distante, não é vogal ou consoante
não foi ontem e não será amanhã: é o simples agora
que transforma e gera a todo instante

sem nomear como emoção ou sentimento
as impressões atribuídas ao coração e ao pensamento.
... hei de me fundir ao silêncio, ao intervalo das eras
tornando-me o alfa e o ômega, o desejo e a quimera

que solenemente brilha, reverbera
Ohm