Esta vida insônica
De luas cheias e vazias.
Neste quarto de paredes tônicas,
Regado de café e azia.
O guarda noturno, lá fora.
Os cachorros a latir.
O grito da vizinha eufórica.
Uma pessoa na rua a subir.
Pneus queimando o asfalto.
Gemidos noutro quarto.
Sirenes comunicam um assalto.
Acima, um trabalho de parto.
Vizinhos a brindar com festa.
Prostitutas em promoção.
Os bêbedos tirando uma sesta.
Os mendigos camuflam-se ao chão.
Ambulância que corre depressa.
Rachas na contramão.
Os semáforos indicam alerta.
Gangues disputam numa confusão.
Assim amanhece à noite.
Neste cenário da vida real.
Onde se vive, luta-se pela sorte.
Mas, nunca se imagina o final.
escrito em: Sexta-feira, 22 de setembro de 2006, 5h04.
Noite insonica.
ResponderExcluirMuito boa a poesia.
Como sempre!
Cada vez fico mais encantada com a sua facilidade de expressão, com o nível do que você escreve!
Parabéns!