Sinto-me deslocado,
Além de todos lados,
E o que eu tenho é este cigarro,
Um sufoco mal-humorado,
Como peste, veja,
Me ajude a suportar.
Sinto que me tenho dado,
Como um torpe,
Este prazer incinerado,
Num minuto ou três,
Subindo-me à cabeça,
Para que eu possa descansar.
Bucólico e amargo,
Um prazer já desgastado,
Que é o café que absorvo,
E, à mente, como um estorvo,
Suponho que eu já sinta:
Estou a dilatar.
E depois, ao fim do trago,
O cigarro já apagado,
Sinto-me mais uma vez amargo.
E o prazer que eu rescendia,
Os meus pulmões
E o meu estômago
Já não conseguem suportar.
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