Muitas
das questões presentes neste estudo surgiram de dúvidas a respeito dos relatos
de experiências religiosas e também de leituras filosóficas dentro do cenário
teórico-acadêmico da Psicologia envolvendo a Psicanálise de Freud.
Questões
como:
“De
onde teria surgido a primeira religião?”
“Qual
a explicação psicanalítica para a adoração de um Deus?”
O
que é a religião para a Psicanálise?”
“A
visão de religião para a Psicanálise permanece a mesma desde quando Freud
lançou um olhar prévio?”
“O
que alguns teóricos da Psicanálise contemporâneos pensam a religião?”
Na
tentativa de buscar respostas e aventar mais hipóteses este estudo se moldou.
A
cronologia aqui é visualizada na disposição em forma de capítulos que abarcam a
evolução das idéias, de conceitos e de hipóteses consideradas relevantes na
teoria de Freud para explanar a religião:
No
capítulo um, em linhas gerais, o leitor visualizará quem eram alguns dos
intelectuais que propagavam e desenvolviam teorias que discutiam a ciência e a
religião com base nos ideais iluministas, positivistas e materialistas, influenciando
diretamente a época em que Freud nasceu e se desenvolveu. Já o capítulo dois, em
paralelo às influências do capítulo um, traz o desenvolvimento da questão deste
estudo, desbravando com embasamentos teóricos propostos por Freud a evolução da
religião na psicanálise. Assim o leitor poderá observar que é aqui disposto
alguns dos principais pensamentos e idéias, tanto da vida pessoal como da vida
profissional, que possibilitaram a Freud conclusões psicodinâmicas que são ainda
hoje vigentes no cenário psicanalítico. No capítulo três o leitor poderá
visualizar alguns complementos teóricos de autores que corroboram e que até
mesmo discordam da visão de Freud sobre religião nos dias de hoje. Por fim, há
a conclusão que traz a luz algumas reflexões bastante pertinentes a tudo que
aqui foi descrito. O intuito da conclusão é, também, incitar o leitor à busca
de novos caminhos para a obra freudiana a respeito da religião.
É
importante ressaltar que ao longo dos capítulos, para que o leitor tenha
compreensão mais acurada, procurou-se evidenciar alguns exemplos de cunho
religioso e sua relação com a Psicanálise de Freud. Esses exemplos enriqueceram
bastante o desenvolvimento do estudo, assim como a vasta pesquisa bibliográfica
que clarificou os caminhos de maneira bastante positiva. Este estudo também
pretende incitar no leitor a reflexão. Tanto que novas questões surgiram e
estão à procura de respostas daqueles que se interessarem pelas diversas visões
dos autores contemporâneos sobre a psicogênese da religião – tanto na teoria
psicanalítica como na prática clínica.
Obras
de Sigmund Freud, como A Interpretação
dos Sonhos (1900); Atos obsessivos e
práticas religiosas (1907), Leonardo
da Vinci (1910); Totem e Tabu (1913);
Um estudo autobiográfico (1924); O Futuro de uma ilusão (1928); O Mal-estar na civilização (1930); A questão de uma Weltanschauung (1933);
e Moisés e o monoteísmo (1939) foram
imprescindíveis para a síntese de um embasamento robusto.
Obras
de descendentes e dissidentes da psicanálise, que vasculham de maneira
analítica a temática da religião alinhada à psicanálise, também foram
eficientes para o desenvolvimento do estudo, como Um Judeu sem Deus (1992), de Peter Gay; Psicoterapia e Religião (1996), de Jorge W. F. Amaro; Por que Freud rejeitou Deus? Uma
interpretação psicodinâmica (2001), de Anna-Maria Rizzuto; O Futuro e a Ilusão (2003), organizada
por Karin Wondracek; e Freud e a Questão
da Religião (2006), de Hans Küng.
Artigos
e teses atuais também trouxeram visões e argumentos que agregaram à análise do
estudo, como a Tese de Mestrado em
Psicologia Clínica, da PUC-SP, da mestranda Patrícia Leirner Argelazi,
publicada em 2008 e o artigo Dois
Discursos de Freud sobre a Religião, também publicado em 2008, por Karla
Daniele de Sá Araújo Maciel e Zeferino de Jesus Barbosa Rocha – trabalhos
bastante utilizados como auxílio para embasamento teórico, explanações e
esclarecimentos deste estudo. Para a pesquisa das obras, teses e artigos, palavras-chaves
como “religião”, “religiosidade”, “fenômeno religioso”, “psicanálise” e “contemporaneidade”
possibilitaram resultados acurados e ricos.
Portanto,
espera-se que o conteúdo deste estudo contribua para novas pesquisas ainda mais
completas e esclarecedoras sobre a temática da religião, que, ao contrário do que
Freud previu, tem se tornado bastante recorrente na Psicanálise da atualidade.
[os capítulos desse artigo serão publicados a cada 5 dias]
Esse foi o seu trabalho de conclusão? Esta é uma bela introdução do que está por vir, hein. Aguardo ansiosa!
ResponderExcluirBjos
- foi sim!
Excluirque bom que gostou da apresentação do trabalho, minha querida.
Texto muito bem escrito, parabéns!
ResponderExcluirBeijos.
- obrigado, Lu.
Excluir:D
Sou bem sinestésica mesmo..rsrs.
ResponderExcluirBeijos.
- tenho percebido, rsrs
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